Olha o que achei no meio de tantos papéis no meu quarto.
13/10/05
"... E restou só os dois de conhecidos dentro do ônibus. Ela, aflita, por saber que logo ele desceria e seria a ultima vez que o veria dentro de dois longos dias. Já estava cansada, com a cabeça cheia de problemas, arrependida por ter deixado alguém que gostava muito sozinho. “Eu deveria ter voltado”, era o que pensava. Era tarde demais. Bocejava de 2 em 2 minutos, precisava se deitar e pensar como ia resolver tais problemas. Dificuldade, ânsia. Vontade de parar o mundo com suas pequenas mãos e sorrir para ele com ar de vitória mencionando: “agora você é meu, mundinho.”Através do reflexo na janela podia observá-lo, e por ela ficaria ali pelo resto da sua vida. E daí se ele era mais novo e chegava a ser um bobo que falava besteira tentando chamar atenção? Ela sentia atração era por esse seu jeito moleque.Em uma oportunidade, onde pessoas tentavam descer e partir para suas casas depois de um dia de trabalho, ela pode olhá-lo por inteiro. Como ele era charmoso. Foi quando ela despertou dos seus pensamentos com o barulho do sinal, alguém ia descer. Ele havia chegado ao seu mundo. Mundo nem tão distante do dela.A garota olhou para ele como se observasse uma arte. Em meio a movimentos, o enxergou tentando desviar das pessoas, até seus olhos encontrar-se com os dela.
Sorriu.Sorriso agradável que a fez esquecer tantos problemas, um sorriso que a fez sorrir junto e ficar com cara de boba. Ah sorriso lindo, olhar confortável."
É, quando eu tinha amores de colégio, escrevia melhor.
quarta-feira, 7 de maio de 2008
12 meses e infinito
Entre um suspiro e outro leva-se a vida.
Uma música, um cheiro, palavras, momentos. Da uma vontade de voltar e viver tudo de novo. Sabe quando foi tudo bem vivido? Quando se quer voltar e não mudar nada, tudo do mesmo jeitinho, no mesmo lugar e dia?
Quanta elegância tinha aqueles sorrisos, e quantas fases da lua estivemos juntos, quantas pessoas não sabiam dos sentimentos. O coração chegava a bater tão forte que eu ria comigo mesma só para não haver constrangimento. E eu pude aproveitar cada momentinho que me foi concebido, fiz de cada minuto o último.
Se algo é realmente bom a ponto de lhe tirar atenção da pessoa mais bonita que passa na sua frente, por que abdicá-la então? Se nunca te fez um terrível mal, por que jogar tudo em caixas vazias e escondê-las no fundo do guarda-roupa?
Bem melhor sorrir cada vez que lembrar, contar com o maior gosto tudo que aprontou e continuar fazendo história para os netos.
Porque se foi de verdade não vai acabar.
Se valeu a pena, sempre valerá.
Há “coisas” que são para sempre, entende?
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Um clássico chamado 'Amor'
Ah o amor.
As pessoas adoram esse tema. Eu gosto, admito, mas depende muito de como está minha vida amorosa. É verdade que ela não tem muita pitada de romantismo, sou a pessoa que acha tudo super brega. Flores? Brega. Ursinho? Brega. Declaração de amor em faixas? Brega. Subir em uma mesa e ouvir um 'EU TE AMO'? Brega. É, me condenam por isso, as pessoas me repreendem logo com um "ô, se liga, quando você tiver um namorado você vai ver.." e essa frase me anima, e

como me anima (sinta o ironismo de minha parte)! Sabe o mais engraçado? É quando quem joga essa frase na sua cara são pessoas que namoraram quando tinham 11 anos, ou quem nunca passou de 2 meses de namoro, quem nunca foi fiel apesar de ter tido inúmeros namoros duradouros. Uma graça.
E, até pouco tempo admiti nunca ter sentido nada forte por ninguém. Era estranho ver pessoas sofrendo tanto por outras. Era estranho ver pessoas perdoando absurdos de outras. Eu, quando acreditava gostar de alguém e não dava certo só fazia ficar com outra pessoa ou farriar por aí e dava tudo certo. Não entendia NADA de relacionamentos. Colocava músicas de fossa pra cair uma lágrima, mas nada. Me torturava (ou tentava) vendo os filmes mais românticos mas, ainda assim, nada. Bem, ainda não entendo muito de relacionamentos. Eu achava que só podia ter algum problema.
Aí, meu amigo, me deparei com uma dessas baboseiras que é gostar de alguém de verdade. E, apesar de ter afirmado todo o tempo que era como os outros, a verdade é que, tão velha, uma idosa, nos meus antigos-quase-20-anos, eu descobri meu primeiro amor.
Bonitinho né?
Aaah, cara.
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