sábado, 2 de maio de 2009

Frios na barriga.


Me pergunto - e te pergunto - como se deve expressar em palavras o quanto você ocupa meus pensamentos, além da quantidade de replays que eu dou nos poucos - mas não tão menos importante - momentos que estivemos juntos.
Faz pouco tempo que te conheço, mas o suficiente pra saber que você já passou da terceira ficha na academia; que tua mãe te ama de um jeito absurdamente fofo, e que é por isso que ela briga quando tu simplesmente deixa o guarda-roupa aberto ou uma toalha em cima da cama. Sei também que tu tem o maior orgulho do teu irmãozinho, sempre levando a foto dele no celular e não perde a oportunidade de mostra a alguém quão grande é as bochechas dele.
Lembro da primeira vez que meu telefone tocou no estágio e teu nome apareceu no visor. S
ó pra me dizer um "oi" e em seguida "vou desligar porque estou de atrapalhando.", mas confesso que não lembro como te dei meu número. Lembro daquele dia que eu te chamei pra ir comer Mc Donalds comigo e na maior inocência também chamei minhas amigas. Não esqueço que quando chegamos tu tava sentado sozinho comendo sorvete, nos esperando a minutos. Lembro quando te deixaram um único lugar, ao meu lado, e que eu queria matar alguém de vergonha, mas eu estava gostando do teu braço batendo no meu e nem sabia.
Tenho idéia do que passa na tua cabeça, mas não tenho compreendo teus atos. Quando eu te perguntava o motivo de tu gostar de mim e brigava porque tu não devia gostar, eu me derretia toda quando tu falava, me dando beijinhos na cabeça enquanto eu não te olhava, que a gente não escolhe de quem gosta. Acontece. E eu tinha
apenas medo. E eu nunca te olhei nos olhos. Mas amadureci em um tempo record e consegui ver nós dois além...
Os nossos começos de tardes em banquinhos em frente ao estacionamento ou mesmo nossos fins de tardes, também em banquinhos em frente ao estacionamento. Era bom saber que tu saia de casa só para me ver, que sempre subia mais de 10 andares só pra não se atrasar tanto - porque ainda assim eu sempre ficava a tua espera olhando o relógio - mas valia a pena. Valia, pois quando tu chegava eu te dava as costas e tu apertava meus ombros me seguindo e tu tinha um jeito incrível de demorar pra me roubar um beijo - o que me fazia acreditar que não era algo apenas físico - e tua risada boba soava em meus ouvidos, e segurar tua mão era um momento mágico. E tu descobriu em alguns minutos algo que nem eu sabia sobre eu mesma, que quando uma pessoa passava eu não te beijava, que bastava eu ouvir passos que eu te largava. Mas tu não se importava com isso, tu se divertia com minha idiotice.
Tuas declarações - sinceras? - sobre sentir saudades ou gostar muito de mim tinha aquela intenção de ouvir o mesmo de volta, mas eu não conseguia falar nada e acabava estragando tudo. É certo que eu me encantei naquele dia 4, mas é certo também que nossos beijos não funcionavam como naquele dia, mas ainda assim tinha o mesmo desejo. Exceto quando mudamos de lugar, e os banquinhos foram substituídos por bancos confortáveis - ou nem tanto assim - aí sim eu pude relembrar os nossos primeiros beijos. Mas, valeu a pena relembrar? Foi nesse tal dia 23 que fechamos, como um ciclo. Acabou. Acabou? Deveria? É o que me pergunto todos os dias ao pensar em ti por, no mínimo, 100 vezes por minuto; é o que eu me pergunto ao sentir o cheiro do teu perfume sem nenhuma lógica; é o que eu me pergunto quando eu tenho necessidade de citar teu nome em toda conversa; e é o que eu me pergunto ao olhar o celular o tempo todo a espera de um sinal teu.
E quando você disse "é o fim" por não querer me magoar futuramente, quando você diz "eu gosto tanto tanto de ti" e quando eu ouvir você dizer só para mim "eu gosto dela e quero ficar com ela"... Afinal, no que eu devo acreditar? O que eu devo esperar? O que eu devo viver? Passado, presente ou futuro?
Eu só queria você agora aqui pra te falar, mesmo sabendo que não devo, sobre o quanto HOJE eu estou sentindo tua falta.

É, me falaram que é mais ou menos assim que se escreve sobre os sentimentos, mas ainda assim ninguém soube definir o que estou sentido. Acho que é um quase-nada e um quase-tudo. Um quase.

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