sábado, 8 de agosto de 2009

nada com nada.

Em uma certa hora acreditamos que o drama não vai voltar, que o amor se foi e demorará para bater em nossa porta novamente.
Eu estava andando pelas ruas da cidade, havia começado uma dieta havia uma semana, tinha pintando as unhas de azul e feito planos só para mim. Então pensamentos sem sentidos começaram a surgir a minha volta e eu tentei guardar aquilo pra mim, acreditando que era só eu não me importar que iriam sumir, mas com o passar dos dias só aumento. Então eu passei a ficar em casa, comecei a comer chocolates escondida de mim mesma, deixei o esmalte nas minhas unhas descascarem e a indecisão me atacou, sem me dar opções.
Eu já não lembro o que eu pensei ou o que eu fiz, mas o destino não me agradou e eu nem ao menos descobri o porquê de eu estar tão zangada com o que ele tinha aprontado se no fundo do meu coração eu sabia que era o que eu tanto queria.
Acabei descobrindo que ficar distante de certos alguéns e colocando poréns em minha vida, limitando tudo e todos, as "coisas" podiam correr do jeito mais correto para mim.
Mas quem me disse que o correto é o melhor?
Não foi e talvez nunca seja.
Falei verdades esses dias, tentei (re)aproximações, andei dizendo o que sentia, me preocupei, forjei um sorriso entre uma palavra ou outra, mas nada deu certo até agora.
Pensei em esperar, em estacionar e ficar observando as estrelas. Acabei de perceber que isso será perda de tempo.
Eu vou tentar até dar certo. E vai dar.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

http://www.youtube.com/watch?v=qcw0b6q7Hl8


A personalidade que me agrada mesmo nos meus dias de TPM. As palavras que surgem na hora certa decodificando em melodias o que estou sentindo. O interesse no teu começo, no teu presente. E o medo do teu fim.
Porque não importa o quão as pessoas queiram julgar as outras por aparência ou pelo o que elas gostam de ouvir. Sim, tem um cara há km daqui taxado de emo, mas eu o admiro.
E eu não preciso me esperniar, chorar ou gritar pelo nome dele quando o vejo. Eu não, eu gosto de ser uma fã invisível, de curtir suas habilidades do canto de uma parede qualquer. Quetinha, mexendo apenas os lábios, sem necessidade de fazer nenhum som. Só pra mim.


Eu gosto.

domingo, 21 de junho de 2009

Próxima fase, por favor.


Ninguém nunca começa algo pensando no fim. Eu sim. Ninguém nunca acha que o "eu gosto de ti" que ele falou com a maior segurança olhando em teus olhos vai desaparecer um dia. Eu acho. NInguém nunca tenta adivinhar "qual vai ser a próxima depois de mim?". Eu fico.
Dizem que o que começa com tanta negatividade acaba atraindo negatividade. As pessoas dizem "coisas" demais.
É, talvez o problema seja mesmo comigo e eu deva parar de culpar quem eu costumo querer dar um tiro por telefone, ou quem eu julgo que vai terminar tão apaixonado por uma mulher que não vai perceber o quão corno é. Sim, tenho essa opção de condenar a mim mesma. Mas é uma opção que eu não cogito, besteira você se culpar por algo ter dado profundamente errado. Seja por aquele cara não sentir mais nada por ti - Algo que até pouco tempo eu acreditava que não aconteceria comigo. E sim, eu tenho auto-estima de sobra - ou porque chegou mesmo a hora de um fim. Afinal, para mim nada dura muito, não é?
Acontece que depois de dias lindos, depois de dia péssimos, de dias de sofrimento, de dias de liberdade, vem alguns pequenos dias de extresse. E, alguém, por favor, me diz qual vai ser a próxima fase?
A única coisa que eu tenho certeza é que eu só vou ter uma vida completamente sem angústias quando eu me apaixonar de novo.

Terceiro, não demora, cansei dos outros dois.

domingo, 14 de junho de 2009

Não quero lembrar de ti.


Já ouvi diversas vezes sobre o tempo curar qualquer dor. Confesso que eu mesma já falei isso para algumas pessoas, mas não pensei que, um dia, isso se aplicaria a mim. Em um momento de uma a duas semanas, sofri como nunca. Senti o que acreditava não existir. O choro veio. Foi forte, mas durou pouco menos que cinco minutinhos. Depois disso, comecei a sentir a liberdade se aproximando e um novo sentimento se apoderando de mim. Chamava-se desgosto, e era de você. Era o que eu mais temia. Lembro do dia que eu sentei com minha mãe e pedi ajuda a ela. Contei o quanto gostava de você como amigo, e o quanto eu não queria te magoar. Nós dois erámos muito diferentes: saímos para lugares contrários, morávamos em bairros contrário
s, pensávamos ao contrário... Eu acreditava não ser capaz de te fazer feliz, acreditava que aquilo tudo estava errado e que eu jamais abriria mão da vida que eu tinha por você. Se eu continuasse com aquilo, acabaríamos adquirindo um certo grau de intimidade, você me conheceria demais, saberia o que eu faço o tempo todo. E se um dia acabasse? Iríamos cada um para o seu canto e, ao nos encontrarmos, nos trataríamos como quando amigos? Ou fingiríamos que nem nos conhecíamos? Eu tentaria te evitar e vice-versa? Hoje eu tenho um esboço de resposta. Te evitei por um longo mês - que parecia que não ia acabar - te excluí do msn, pois por mais infantil que pareça, foi a única forma que eu achei de resistir falar contigo todas as vezes que te via online.
Evitei de 2 a 3 festas que eu queria muito ir, porque sabia que tu estaria lá. Rezei muito para que tu su
misse dos meus pensamentos e que, pa
ra mim, tu morresse. Meu coração podia querer o que fosse, mas minha cabeça pedia pra não te encontrar jamais. E a cabeça dominou o coração. Minha viagem se aproximava e, nela, eu tinha a intenção de te esquecer. Não foi preciso dela. Antes mesmo, tu parou de me desejar boa noite depois que eu rezava para dormir, tu parou de me desejar bom dia e de vir a minha cabeça, ao acordar. Os lugares que nos encontrávamos não passavam mais de meros bancos em frente a um estacionamento. As tuas frases que eu escutadas na boca de outras pessoas já passavam despercebidas. E eu não pedi um tempo solteira, não pedi uma festa para relembrar um passado infantil de ficar só por ficar. Eu amadureci. Meus sonhos cresceram, minha visão do mundo só aumentou, minhas opiniões tiveram uma melhor formação - ainda que não a final. - E de uma semana para outra, sem eu perceber, tu sumiu da minha vida, tu morreu para mim. Confesso que ouvi falar de ti, sem querer, algumas vezes. Ironia, apenas. Sinto pena do que tu se tornou para mim, um quase nada, um quase ninguém. Não tenho mais o carinho que eu tinha por ti, nem vontade de te fazer feliz. Não quero te encontrar em lugar algum e desprezo qualquer coisa que venha de você. Eu sei que o que tivemos me ajudou muito, mas eu odeio o que tivemos. Sei que nossos momentos juntos foram divertidos um dia, mas eu odeio os momentos que tivemos juntos. Odeio todos os pedidos de desculpas que você fez, odeio o jeito que você me trata hoje em dia, como seu eu fosse uma qualquer, odeio toda a falta de consideração que você tem por alguém que disse que gostava tanto. Eu te desejo todo o sofrimento que você me fez sentir. Tudo. Em dobro.

Absurdo, eu sei, mas um dia eu alcanço o "Te desejo toda sorte e que você seja feliz.".

sábado, 2 de maio de 2009

Frios na barriga.


Me pergunto - e te pergunto - como se deve expressar em palavras o quanto você ocupa meus pensamentos, além da quantidade de replays que eu dou nos poucos - mas não tão menos importante - momentos que estivemos juntos.
Faz pouco tempo que te conheço, mas o suficiente pra saber que você já passou da terceira ficha na academia; que tua mãe te ama de um jeito absurdamente fofo, e que é por isso que ela briga quando tu simplesmente deixa o guarda-roupa aberto ou uma toalha em cima da cama. Sei também que tu tem o maior orgulho do teu irmãozinho, sempre levando a foto dele no celular e não perde a oportunidade de mostra a alguém quão grande é as bochechas dele.
Lembro da primeira vez que meu telefone tocou no estágio e teu nome apareceu no visor. S
ó pra me dizer um "oi" e em seguida "vou desligar porque estou de atrapalhando.", mas confesso que não lembro como te dei meu número. Lembro daquele dia que eu te chamei pra ir comer Mc Donalds comigo e na maior inocência também chamei minhas amigas. Não esqueço que quando chegamos tu tava sentado sozinho comendo sorvete, nos esperando a minutos. Lembro quando te deixaram um único lugar, ao meu lado, e que eu queria matar alguém de vergonha, mas eu estava gostando do teu braço batendo no meu e nem sabia.
Tenho idéia do que passa na tua cabeça, mas não tenho compreendo teus atos. Quando eu te perguntava o motivo de tu gostar de mim e brigava porque tu não devia gostar, eu me derretia toda quando tu falava, me dando beijinhos na cabeça enquanto eu não te olhava, que a gente não escolhe de quem gosta. Acontece. E eu tinha
apenas medo. E eu nunca te olhei nos olhos. Mas amadureci em um tempo record e consegui ver nós dois além...
Os nossos começos de tardes em banquinhos em frente ao estacionamento ou mesmo nossos fins de tardes, também em banquinhos em frente ao estacionamento. Era bom saber que tu saia de casa só para me ver, que sempre subia mais de 10 andares só pra não se atrasar tanto - porque ainda assim eu sempre ficava a tua espera olhando o relógio - mas valia a pena. Valia, pois quando tu chegava eu te dava as costas e tu apertava meus ombros me seguindo e tu tinha um jeito incrível de demorar pra me roubar um beijo - o que me fazia acreditar que não era algo apenas físico - e tua risada boba soava em meus ouvidos, e segurar tua mão era um momento mágico. E tu descobriu em alguns minutos algo que nem eu sabia sobre eu mesma, que quando uma pessoa passava eu não te beijava, que bastava eu ouvir passos que eu te largava. Mas tu não se importava com isso, tu se divertia com minha idiotice.
Tuas declarações - sinceras? - sobre sentir saudades ou gostar muito de mim tinha aquela intenção de ouvir o mesmo de volta, mas eu não conseguia falar nada e acabava estragando tudo. É certo que eu me encantei naquele dia 4, mas é certo também que nossos beijos não funcionavam como naquele dia, mas ainda assim tinha o mesmo desejo. Exceto quando mudamos de lugar, e os banquinhos foram substituídos por bancos confortáveis - ou nem tanto assim - aí sim eu pude relembrar os nossos primeiros beijos. Mas, valeu a pena relembrar? Foi nesse tal dia 23 que fechamos, como um ciclo. Acabou. Acabou? Deveria? É o que me pergunto todos os dias ao pensar em ti por, no mínimo, 100 vezes por minuto; é o que eu me pergunto ao sentir o cheiro do teu perfume sem nenhuma lógica; é o que eu me pergunto quando eu tenho necessidade de citar teu nome em toda conversa; e é o que eu me pergunto ao olhar o celular o tempo todo a espera de um sinal teu.
E quando você disse "é o fim" por não querer me magoar futuramente, quando você diz "eu gosto tanto tanto de ti" e quando eu ouvir você dizer só para mim "eu gosto dela e quero ficar com ela"... Afinal, no que eu devo acreditar? O que eu devo esperar? O que eu devo viver? Passado, presente ou futuro?
Eu só queria você agora aqui pra te falar, mesmo sabendo que não devo, sobre o quanto HOJE eu estou sentindo tua falta.

É, me falaram que é mais ou menos assim que se escreve sobre os sentimentos, mas ainda assim ninguém soube definir o que estou sentido. Acho que é um quase-nada e um quase-tudo. Um quase.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Quem está ao seu lado.

- Tudo o que eu falo tá acontecendo!
- É mesmo. Fala algo bom para mi, para ver se acontece!
- Tu vai conhecer aqui o amor da tua vida!
- Huuuum, quero é ver essa dar certo.

Durante algumas semanas ela acreditou que o ''amor da vida'' dela que ela teria conhecido era outro, até o verdadeiro tomar a frente de qualquer outro.
Alguns meses depois ela estava sentada em um banco rodeada de garotos que não paravam de falar sobre futebol. Na verdade, aquele papo todo sobre quem foi campeão de tal campeonato ou quem merecia estar na final não a irritava tanto. Só sorria e balançava a cabeça imaginando o quão loucos seus amigos eram.
Seu telefone tocou e no visor havia o nome dele. Levantou devagar para não chamar atenção, o que foi impossível, pois era a única garota ali. Ele estava chegando. Voltou para sentar e ouviu algumas piadinhas.

- Era minha avó.
- Com a voz grossa assim? - Perguntaram.
- É que ela tá doente.

Risadas, alguns comentários e o foco voltou: Futebol.
Recebeu outro telefonema algum tempo depois e mencionou que ia pegar algo com um amigo e logo voltava. Caminhou tranquila, como todas as vezes que ia encontrá-lo. Cada vez ela se espantava mais com tamanha confiança. Ele estava sentado, mais bonito do que ela lembrava, o cabelo caindo na testa, um rosto sério e preguiçoso. Costumavam se encontrar falando um oi e caminhando separados a algum banco, mas dessa vez ela havia se aproximado e tascado um selinho nele.
Aquele era um momento que ela adorava, mas que durava pouco por culpa dos dois. Sempre algum tinha algo para fazer depois, algo que podia ser deixado para lá, algo que no fundo eles preferiam esquecer e passar o resto do dia juntos, algo que nenhum dos dois conseguia falar.
Era nesses encontros que ela segurava a mão dele, que seu perfume passava para a roupa dela e ficava o dia todo, que seus beijos, ainda que desencaixados, a fazia feliz, que as palavras verdadeiras saltavam das bocas, que o som do sorriso dele permanecia em seus ouvidos durante horas, que ela ria do vento que passava.
Na hora da despedida a felicidade era tamanha que ela não se importava se já estava na hora de ele partir. Porém, ao dar dez passos em direção contrária, seu coração apertava já sentindo saudades, e se ela pudesse teria ido embora com ele.

domingo, 16 de novembro de 2008

Hotel Arizona


Acordei e parecia um domingo, olhei no relógio que marcava 10h. Andei pela casa e só encontrei a empregada fazendo o almoço.

- Tua mãe não quis te acordar porque tu chegou tarde ontem, disse que se tu não acordasse até 11h eu te acordasse.
- Onde ela foi? - Perguntei.
- Saiu com tua tia. Deixou o carro aí caso tu precisasse pra sair com teu namorado - Ela me olhou meio de lado - Tu tá namorando?
- Dá uma olhada do que tem na minha cama. - E ri.

A minha mãe era a mais legal de todas, depois que eu havia voltado de viagem ela fazia tudo o que eu queria e me apoiava em tudo sem reclamar de nada, eu estava adorando aquilo.
Me produzi toda antes que o Rodrigo acordasse, fiz muito barulho no quarto, mas ele nem se mexeu, que sono pesado. Liguei pra Vic, mas ela não atendeu.

- Sabrina, o almoço tá pronto.
- Certo, Maria.

Eu ia ter que acordar aquele homem de cueca em minha cama, que maldade.

- Rodrigoo! - Falei baixinho.
- Oi meu amor.

Pra minha surpresa ele acordou na mesma hora.

- Já é meio-dia, vamos almoçar?
- Eu to na tua casa? - Ele olhou ao redor sem compreender.
- É, bebeu demais ontem e.. Tu não lembra de nada?
- Mais ou menos, como eu cheguei aqui no quarto?
- Eu te carreguei!

O celular dele tocou, o que me lembrou das mensagens e da ligação. Eu ia ter que comentar com ele sobre isso, mas eu não queria mostrar que eu invadi o espaço dele, não sabia como fazer. Era a mãe dele reclamando que ele não tava dando notícias. Resolvi tocar no assunto do telefonema.

- Ontem quanto a gente tava voltando teu celular tocou e eu atendi.
- Foi? Quem era?
- Era uma mulher, não quis dizer o nome.
- Deixa eu olhar o número.. - Quando viu ele arregalou os olhos. - Ah.
- Quem é?
- Tu leu minhas mensagens também?
- Não. - Menti.
- Pois lê aqui!

E reli tudo. As mensagens falavam que a garota não havia esquecido o beijo dele e que perdoava o que ele tinha feito (eu não tinha idéia do que era) e que não via a hora de eles se reencontrarem, que estava com saudades e não se importava com o que as pessoas iam falar, contanto que eles dois ficassem juntos. Fiz uma cara de absurdamente chocada, tão real quanto a da noite anterior. Olhei para ele calada.

- Sabe aquela prima do Lucas?
- Hum.
- Ela está pirando! Faz uma semana que ela me liga todo dia, me manda mensagem todo dia. Eu até queria falar com o Lucas pra ele falar com ela que aquilo foi nada haver, mas eu já briguei com ele por causa dela, não quero falar nada, então eu deixo ela ficar mandando mensagem e ligando, só que eu não atendo e não respondo. Uma hora ela vai cansar.
- Certo. - Eu não sabia o que falar e nem o que pensar.
- Tá tudo certo mesmo, amor?
- Sim. Tá com fome?

Fomos almoçar e eu ainda precisava falar com a Victória e o Rodrigo precisava ir para a casa do Lucas trocar de roupa.